Por Murilo Viana e Raissa Sampaio
Após muita discussão em sala de aula, estava decidido: a equipe seria formada por nós dois [Murilo e Raissa], Clarissa Augusto, Fernanda Valéria, Jully Lourenço e Marcello Soares. Nós iríamos cobrir os preparativos para a Copa 2014 em nossa capital. Tarefa bastante difícil, devido à abrangência do tema.
Surge então a primeira reunião de pauta. Sugerir, opinar, discutir e, finalmente, concordar. Resolvemos começar tratando da reabertura do Estádio Presidente Vargas com enfoque tanto no jogo Ceará x Guarani quanto na participação do estádio na Copa – ou a falta dela, de acordo com o que indicavam os rumores. As dificuldades não demoraram muito a aparecer. Como faríamos para ir ao jogo e tirar fotos? Como conseguiríamos entrevistas com os jogadores dos times? Decidimos então fazer uma cobertura mais popular e entrevistamos pessoas que tinham ido ao jogo. Em nossa reportagem, usamos inclusive uma foto tirada por Zezinho, um torcedor do Ceará.
No dia 18 de maio, uma informação muda completamente os rumos da nossa primeira postagem. Os rumores de que o PV não estaria mais cotado para participar da Copa foram desmentidos. Nesse dia, a sala de aula pareceu uma redação. Enquanto uns editavam o texto, outros ligavam para assessorias, outros realizavam pesquisas, todos com muita pressa mas muito satisfeitos, tudo no clima de quem acaba de descobrir um grande “furo” jornalístico. A descoberta de que o PV continua na disputa da Copa nos revelou a vulnerabilidade das coberturas da grande mídia e nos deu um foco bem melhor para a matéria. A boa sensação de “furar” a mídia foi inevitável.
Resolvemos , então, experimentar a possibilidade de convergência de mídias que o webjornalismo nos oferece. A equipe partiu para a gravação audiovisual de uma entrevista com Evaldo Lima, secretário de esportes de Fortaleza, que se mostrou muito disposto a falar sobre as condições estruturais do PV. Fomos ao Estádio e produzimos a entrevista que nos rendeu mais um post.
Resolvemos então tentar mostrar a nova função do jornalista online e usar a ferramenta storify para construir uma matéria um tanto diferente. A professora orientadora de nosso blog, Klícia Fontenele, nos alertou que a apuração “em carne e osso” deve sempre ser priorizada.
A retrospectiva das propostas para a Copa 2014, detalhando as obras e os prazos para o evento em vários posts encaminhava o fim de nossas atividades para o blog. O viés opinativo de nossa cobertura surge, então, com o texto de Fernanda Valéria e Jully Lourenço sobre o que o Brasil precisa para ser um bom anfitrião: se adequar às exigências, mas também se adequar à necessidade de “se mostrar” como Brasil.
De tudo, ficaram duas coisas: a certeza de que o jornalismo nunca é infalível ,e de que nossa profissão deve ser movida sempre por nossa atitude e vontade em levar informação e transmitir algo relevante para a população.
É uma grande experiência lidar com os imprevistos que acabam surgindo no exercício da apuração de informação. Melhor forma de aprendizagem não há do que "colocar a mão na massa". Parabéns pela cobertura, ficou muito boa.
ResponderExcluirGente! Adorei esses dias de aula com vcs, vou sentir saudades. Beijo no coração!
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