quarta-feira, 8 de junho de 2011

Opinião: Cagece x Prefeitura: trégua ou mais promessas?

Por Amanda Araújo e Rachel Gomes


Depois de ameaçar romper o contrato com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), e posteriormente afirmar que a mesma é responsável pela maioria dos buracos de Fortaleza, a prefeita Luizianne Lins parece finalmente ter tomado uma decisão sensata: trégua.

Foram meses de bate -boca, análise de contrato e ofensas desferidas sobre de quem seria a culpa. “Não adianta a Prefeitura tampar um buraco num dia ou urbanizar determinada área, pavimentar um determinado trecho e, logo em seguida, a Cagece quebrar tudo de novo. Ou sintoniza esse calendário ou nós vamos continuar reclamando de buraco”, disse a prefeita em março. E enquanto a prefeita e a companhia viviam um embate sem fim  , a situação da malha viária se agravava. Problemas na rede de esgotamento sanitário nas avenidas Dom Manuel e Antônio Sales (com a rua Visconde do Rio Branco) , além do vazamento de esgoto na avenida Beira Mar custaram nos últimos meses a Cagece multas de mais de R$ 76.360,35.

E para onde vai esse dinheiro? As vias da cidade continuam esburacadas, o lixo jogado nas ruas obstrui a tubulação, acumulando água e desgastando o asfalto (ainda em pedra tosca). Situação desagradável para a população; são pneus furados, tanques de gasolina cortados, lentidão ,congestionamento, peças e equipamentos prejudicados e na pior da hipóteses, acidentes. A manutenção no sistema de drenagem de águas pluviais continua deficiente, mesmo sendo as chuvas um problema recorrente; a Prefeitura Municipal de Fortaleza continua sendo pega de surpresa...
 Sobrou para as Secretarias Executivas Regionais (SERs) decidir de quem é o buraco. Decidiu-se então que cada SER comunicaria à Cagece se os serviços de recuperação dos buracos deveriam ser feitos pela Regional ou pela Companhia. A comissão formada pela prefeitura e Cagece prometeu acompanhamento de obras nas ruas da cidade.

Permanecendo ou não o clima de hostilidade, a população espera( e como espera).O certo é que os reparos tão prometidos, há muito, não põem fim ao problema. A operação tapa buraco falha em prazos e não consegue cumprir, por hora, nem o seu papel de medida paliativa. O que a cidade precisa é de uma recuperação total da malha viária, com serviço de qualidade.



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