quarta-feira, 15 de junho de 2011

Opinião

Sinônimo de desafio

Por Thaís Brito

Falar sobre obesidade é entrar num território marcado por lutas. Superações e fracassos convivem dia a dia nas ruas, nas escolas, nos centros de tratamento. Vencer a batalha contra a balança até pode parecer uma meta individual, mas seus caminhos atravessam os hábitos da nossa sociedade como um todo.

Existiriam tantos obesos na nossa cidade se as escolas não priorizassem as cantinas que vendem principalmente salgados e refrigerantes, iniciando as crianças numa péssima educação alimentar? Se nestes mesmos espaços, aqueles que trazem de casa uma fruta não fossem vistos como estranhos? Se mesmo que as escolas trabalhassem uma alimentação saudável, as crianças também vissem o mesmo exemplo em casa? Se brotassem na cidade estabelecimentos que oferecessem produtos nutritivos com valores acessíveis na mesma velocidade com que brotam os pontos de fast food?

A reeducação alimentar se faz necessidade para todos. É bem mais difícil se habituar a ingerir frutas e legumes quando as pessoas ao redor estão consumindo alimentos mais calóricos e gordurosos, que são os mais atrativos ao paladar. É mais cansativo esperar os resultados de exercícios praticados regularmente se somos bombardeados com propagandas que nos apresentam produtos e procedimentos milagrosos para perder peso.

Infelizmente, não há perspectivas de mudança neste cenário. Shakes e lipoaspirações continuarão no mercado enquanto houver mercado. As pessoas continuarão correndo contra o tempo enquanto precisarem resolver milhares de coisas em 24 horas. Os alimentos passarão a ser preparados em segundos, e os consumidores pensarão sobre isso em frações ainda menores de tempo. As lutas individuais serão travadas como uma lenta caminhada na contramão do movimento frenético da multidão...

Mas, o combate à obesidade deve mesmo ser reduzido a metas pessoais? Certamente não. A iniciativa de cada um deve encontrar ecos na cidade.

A sociedade que conhecemos hoje nos leva a crer que o prazer do aqui e agora continuará sendo idolatrado por pessoas que tem aversão à possibilidade de sofrimento, mesmo cientes de que alguns sacrifícios podem render benefícios à saúde e melhorias na qualidade de vida.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Webjornalismo: Percursos de uma aprendizagem

Por Murilo Viana e Raissa Sampaio

Após muita discussão em sala de aula, estava decidido: a equipe seria formada por nós dois [Murilo e Raissa], Clarissa Augusto, Fernanda Valéria, Jully Lourenço e Marcello Soares. Nós iríamos cobrir os preparativos para a Copa 2014 em nossa capital. Tarefa bastante difícil, devido à abrangência do tema.

Surge então a primeira reunião de pauta. Sugerir, opinar, discutir e, finalmente, concordar. Resolvemos começar  tratando  da reabertura do Estádio Presidente Vargas  com enfoque tanto no jogo Ceará x Guarani quanto na participação do estádio na Copa – ou a falta dela, de acordo com o que indicavam os rumores. As dificuldades não demoraram muito a aparecer. Como faríamos para ir ao jogo e tirar fotos? Como conseguiríamos entrevistas com os jogadores dos times? Decidimos então fazer uma cobertura mais popular e entrevistamos pessoas que tinham ido ao jogo. Em nossa reportagem, usamos inclusive uma foto tirada por Zezinho, um torcedor do Ceará.

No dia 18 de maio, uma informação muda completamente os rumos da nossa primeira postagem. Os rumores de que o PV não estaria mais cotado para participar da Copa foram desmentidos. Nesse dia, a sala de aula pareceu uma redação. Enquanto uns editavam o texto, outros ligavam para assessorias, outros realizavam pesquisas, todos com muita pressa mas muito satisfeitos, tudo no clima de quem acaba de descobrir um grande “furo” jornalístico. A descoberta de que o PV continua na disputa da Copa nos revelou a vulnerabilidade das coberturas da grande mídia e nos deu um foco bem melhor para a matéria. A boa sensação de “furar” a mídia foi inevitável.

Resolvemos , então, experimentar a possibilidade de convergência de mídias que o webjornalismo nos oferece. A equipe partiu para a gravação audiovisual de uma entrevista com Evaldo Lima, secretário de esportes de Fortaleza, que se mostrou muito disposto a falar sobre as condições estruturais do PV. Fomos ao Estádio e produzimos a entrevista que nos rendeu mais um post.

Resolvemos então tentar mostrar a nova função do jornalista online e usar a ferramenta storify para construir uma matéria um tanto diferente. A professora orientadora de nosso blog, Klícia Fontenele, nos alertou que a apuração “em carne e osso”  deve sempre ser priorizada.

A retrospectiva das propostas para a Copa 2014, detalhando as obras e os prazos para o evento em vários posts encaminhava o fim de nossas atividades para o blog. O viés opinativo de nossa cobertura surge, então, com o texto de Fernanda Valéria e Jully Lourenço sobre o que o Brasil precisa para ser um bom anfitrião: se adequar às exigências, mas também se adequar à necessidade de “se mostrar” como Brasil.

De tudo, ficaram duas coisas: a certeza de que o jornalismo nunca é infalível ,e de que nossa profissão deve ser movida sempre por nossa atitude e vontade em  levar informação e transmitir algo relevante para a população.

Opinião - Saúde Pública: Experiência da apuração jornalística

E pensar que a “missão” inicial da nossa equipe era apurar tudo que conseguíssemos sobre as denúncias feitas à atual gestão da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins... Assunto amplo demais, frente a tanta reclamação, que passeia de buraco em buraco, de super-reveillón em super-reveillón, por entre cartões corporativos e jardins japoneses. A cobertura jornalística local alcança a “marca histórica” de dois, três parágrafos de matérias vagas, recheadas de “começos”, mas pouquíssimos “meios” e “fins”, deixando, no fim das contas, a população sem saber direito sobre as causas - e mesmo sobre a veracidade - de todos os problemas apontados, que, frutos ou não de uma má administração, atingem o cidadão das classes média e baixa com muita força.

Pois que, guiadas pela curiosidade de jornalistas em formação e de cidadãs, bem como pela ideia de que “se você quer a coisa bem feita, faça você mesmo”, decidimos por focar num assunto só, um que há muito preocupa o fortalezense, mas que parece passar despercebido pelas autoridades competentes: a situação da Saúde Pública do município.

Vimos que se trata de uma teia de complicações, que se entrelaçam e avolumam. Partindo do problema dos equipamentos cirúrgicos no IJF - o maior hospital público do Ceará -, nos deparamos com outro sinal concreto de falhas na administração da Saúde de Fortaleza:  a greve dos servidores públicos, não somente odontólogos e enfermeiros do Programa Saúde da Família (PSF), mas, indo além da nossa temática, de mais cinco categorias de funcionários públicos.

Como as práticas éticas do jornalismo mandam, em busca de mostrar um trabalho imparcial e claro aos olhos de todos os cidadãos interessados no assunto, fomos investigar todos os lados de quem estava envolvido na greve: profissionais da área, sindicato e prefeitura, esta através da Secretaria de Administração do Município (SAM). Conversamos com o vice-diretor do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort), Eriston Ferreira, e com a enfermeira Lígia Coimbra, do Centro de Saúde da Família Maciel Brito. Os dois foram bem receptivos e interessados em defender sua "luta" por um aumento salarial de 18% e condições melhores de trabalho. Com relação à prefeitura, infelizmente, não podemos afirmar o mesmo quanto à receptividade. De difícil acesso - quando era para ser a de mais fácil contato - tanto por telefone quanto por e-mail, sempre nos encaminhava a uma área diferente, a um telefone diferente, a um “responsável” diferente e quando justamente conseguimos falar com o assessor da SAM, foi solicitado que mandássemos um e-mail a ele, e-mail esse que não foi respondido a tempo da publicação e que permanece sem resposta até hoje.

Desventuras do deadline - prazo para publicação da notícia - e falhas na comunicação com as fontes, ambos integrantes da realidade jornalística, algumas vezes não nos permitem, como é o desejado, sempre mostrar todos os lados de quem faz parte da informação.


Expediente
Texto: Beatriz Ribeiro e Kelviane Lima
Edição: Gabriela Custódio e Thamires Oliveira

Cetrata é referência em Fortaleza no tratamento da obesidade

Cetrata oferece tratamento para obesos com transtornos alimentares
















O Cetrata (Centro de Transtornos Alimentares), localizado no Hospital Universitário Walter Cantídio, surgiu em 1998 e possui há cinco anos um projeto voltado ao tratamento da obesidade. O psiquiatra e professor da UFC (Universidade Federal do Ceará), Fábio Gomes, é o principal idealizador do projeto.

Trata-se de um grupo terapêutico interdisciplinar que conta com uma equipe de psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e psiquiatras no atendimento de pacientes obesos de todas as idades, gêneros e classes sociais.

O grupo também é acompanhado por 19 estagiárias dos cursos de Psicologia da UFC (Universidade Federal do Ceará), Nutrição da UECE (Universidade Estadual do Ceará) e  Fisioterapia da Unifor.
Danielle Pires e Jéssika Karine, estagiárias do Cetrata
A principal causa da obesidade do paciente deve estar diretamente ligada a transtornos de ansiedade, como explicou Jéssika Karine, estagiária de psicologia do Centro.

“A obesidade é o que a gente vê a olhos nus, mas por trás de todo esse transtorno alimentar, estão outros transtornos, que é o que a gente vai trabalhar no grupo”, declarou Danielle Pires, estagiária do Centro.

Atualmente, todas as pacientes do Centro são mulheres. Os homens não reagem bem ao tratamento em grupo, preferindo um tratamento individual. “Eles acabam desistindo na metade do tratamento”, afirmou Danielle.

O Cetrata trabalha com a reeducação alimentar. É um processo lento e gradual, que requer muita paciência e engajamento dos pacientes, que muitas vezes abandonam o tratamento por esperar resultados rápidos. “Quando elas aderem à dieta em um dia, elas querem na próxima semana emagrecer vinte quilos”, fala Danielle.

Os médicos tentam conscientizar os pacientes de que eles estão ganhando qualidade de vida. Perder peso é uma consequência disso. Participar do programa e não ganhar peso já é uma vitória.


Reuniões do grupo

Local: Hospital Universitário Walter Cantídio, localizado na rua Alexandre Baraúna, 949, Rodolfo Teófilo.

Dia e Horário: Terças-feiras às 14h. 


Links relacionados: Na luta contra o peso
                               Obesidade: uma questão de saúde física ou psicológica?
                               Roupas para todos os tamanhos
                               Moda Plus Size em Fortaleza
                               Entrevista: Devemos confiar no cálculo do IMC?
                               Fortaleza é a segunda capital com mais obesos no Brasil


EXPEDIENTE:
Texto: Criselides Lima
Edição: Marcella Macena
Entrevista: Marcella Macena e Melissa Campos

Aumento da frota de ônibus em Fortaleza é possível

População fala sobre um possível aumento da frota de ônibus em Fortaleza para melhorar os atrasos do transporte público. E professor Antônio Paulo, Mestre em Engenharia de Transportes e Doutor em Arquitetura e Urbanismo, explica o que é preciso fazer para que esse aumento da frota se torne possível.

Sara Costa - Parada da avenida 13 de maio
                                              Foto: Renan Campêlo
A estudante de psicologia da UFC Sara Costa, 20 anos, falou sobre os problemas de atrasos e da frota insuficiente de ônibus. Para a estudante, em alguns locais onde há carência de ônibus teria que ter um aumento da frota de transportes e criação de novas linhas. Mas, a jovem fala que esse aumento acarretaria mais congestionamento em Fortaleza.
 
Maria do Carmo - Parada próxima à Reitoria - UFC
 Foto: Renan Campêlo





Maria do Carmo, dona de casa, fala que um dos problemas do transporte público é a pouca condução. Para Maria do Carmo "Não tem ônibus à vontade que supra a necessidade da população".  Ela já esperou 45 minutos por um ônibus na parada da avenida 13 de maio e acha que deveria passar ônibus de 10 em 10 minutos.

André Sabino - Parada em frente à Reitoria - UFC
                                                        Foto: Renan Campêlo



André Sabino, 32 anos, professor de Inglês, disse que os maiores problemas do transporte público são os  atrasos dos ônibus e a malha viária que está muito desfalcada. Segundo o professor, a cidade cresceu e as  avenidas não foram alargadas apropriadamente. Por outro lado, ele acha que é possível o aumento da frota de ônibus, pois, para André Sabino, se fosse estimulado o aumento da frota de ônibus e o uso do trasnporte público ao invés do carro próprio, o caos no trânsito seria diminuído.

Será que seria possível o aumento da frota de ônibus em Fortaleza? De acordo com o Professor Antônio Paulo de Hollanda Cavalcante, Mestre em Engenharia de Transportes e Doutor em Arquitetura e Urbanismo, o aumento da frota de ônibus na Cidade só seria possível se houvesse uma melhora no espaço de circulação dos ônibus. Veja abaíxo o vídeo com entrevista do professor Antônio Paulo ao blog Informar, explicando quais fatores seriam necessários para esse aumento de frota.



EXPEDIENTE
Entrevista: Beatriz Cavalcante e Renan Campêlo
Texto: Beatriz Cavalcante
Edição de texto: Beatriz Cavalcante
Foto: Renan Campêlo
Edição de foto: Beatriz Cavalcante
Vídeo: Beatriz Cavalcante
Edição de vídeo: Cláudio e Beatriz Cavalcante


          Entrevista com trabalhadores (motoristas e cobradores) do transporte urbano de Fortaleza

1)      Como são as condições de trabalho?
No momento a demanda de passageiros  é muito alta e está tendo falta de veículos. Muitos carros estão parados e Fortaleza está crescendo. Muitos passageiros reclamam, por causa dos horários, que a frota é pequena, que o ônibus demora muito e quando vem, vem lotado.
2)      Como os motoristas lidam com a rotina de horários e o trânsito engarrafado?
O motorista fica estressado ou em depressão, tentando reduzir a carga horária, é aquela luta, tem o sindicato, os empresários, a população e nós.
3)      Como é que vocês lidam com as situações de risco de assalto?
Em termos de assalto, a gente evita, o certo é não reagir.
4)      Muita gente reclama que alguns motoristas não param para idosos e estudantes. Porque isso acontece?
É muita gente em toda categoria. Tem método ruim e método bom, ás vezes não paramos porque o carro já está muito lotado.
5)      Como é que os motoristas lidam com a responsabilidade de zelar pela integridade dos passageiros?
O motorista tem uma responsabilidade muito grande, por isso que a gente luta pra ganhar mais uma “coisinha”. A gente carrega vidas, o ônibus é uma arma muito perigosa, é coisa de segundo, por isso tem que lidar bem. É difícil, estressante, mas temos que fazer nosso trabalho direito, zelando pelas vidas dos passageiros e pela nossa também.



Essa entrevista mostra um pouco da realidade dos motoristas de ônibus, que não é fácil trabalhar nessas condições, de trânsito, frota, e muita gente, principalmente nos horários de pico. “Se o ônibus tá muito cheio, é reclamação”. Se não está, mas demora muito, é reclamação também! A serviço de ônibus da cidade precisa melhorar, e muito. `´E comum o acordo: passageiros e trabalhadores reclamam!

Por:                                           Com a palavra o Usuário(a)
Anacélia S. Ribeiro
Tassia M. Leite
                                                                                                                                      

Opinião - Saúde pública

O Sistema Único de Saúde (SUS), é um sistema capaz de provocar, na teoria, inveja aos cidadãos de países desenvolvidos como os Estados Unidos. Universalizar o atendimento médico gratuito, e ainda cuidar da prevenção, é coisa que nossos colegas do norte parecem não conseguir aceitar até hoje. Nosso revés já é outro. Embora a Constituição assegure direito à saúde, a situação no atendimento público é caótica.


Um dos maiores hospitais do Nordeste, o Instituto José Frota, de Fortaleza, apesar de receber mais de 150 milhões de reais por ano, sofre com problemas de super-lotação, estrutura e pessoal. Neste ano, já houve incêndio, corte de material cirúrgico e troca da chefia. Enquanto a Prefeitura tem suas diversas justificativas - algumas até plausíveis -, o fato é que a população continua enfrentando os velhos problemas.


E, como vem sendo demonstrado ultimamemente, não só a população. Os servidores da saúde entraram em greve e, como mostra a entrevista com a enfermeira Lígia Coimbra, estão bastante insatisfeitos com suas condições de trabalho. Submetidos a uma rotina exaustiva e, algumas vezes, perigosa, têm reivindicações bastante justas a fazer, uma vez que a remuneração não corresponde ao serviço.


Os enfermeiros e odontólogos em greve ainda provaram que não estavam tirando férias, e sim, lutando pelos direitos. No dia 27 de maio, organizaram atendimentos básicos na Praça do Ferreira. Os profissionais pedem reajuste salarial de 18% e melhores condições de trabalho.


A Prefeita Luizianne promete inauguração de muitas obras até o final do seu mandato, mas não parece estar sendo tão competente assim ao cuidar das pessoas, o que prometia ser uma das marcas de sua gestão. É bom tomar bastante cuidado, porque, ao invés das tão prometidas obras e melhorias, seu legado pode ser apenas que o fortalezense não vote na “esquerda” - ou na esquerda sem aspas - por algumas eleições.

Por Camila Mont'Alverne

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Na luta contra o peso


O blog InFormar entrevistou Karla Alencar, 30, uma mulher comum que luta contra o peso. Há oito anos, Karla pesava 67 quilos. Na gravidez do segundo filho, foi diagnosticada com pré-eclampsia. Em 2009, problemas de pressão, hipertensão e os 95 quilos eram suas grandes preocupações. Motivada pelas melhorias na saúde, Karla procurou ajuda profissional para emagrecer. Hoje trabalha numa academia, pesa 80 quilos e pretende chegar aos 70.
Karla aos 67kg em 2003


InFormar – Como surgiu a sua decisão de emagrecer com ajuda profissional?

Karla – Eu tive pré-eclampsia na gravidez do meu segundo filho. A pressão arterial aumentou e não estava voltando ao normal, então eu tive que procurar alguma ajuda pela saúde mesmo. Além de me sentir mal, eu sentia dores de cabeça. Ia nos lugares e não me sentia bem. Sentia muito cansaço fazendo coisas básicas, não tinha muita resistência física. Eu tinha 28 anos quando decidi emagrecer. Estava com 95 quilos. Fora a saúde, tinha a questão também de não achar roupa. Aliei as duas coisas, porque você vai ficando saudável e ficando mais bonita. A autoestima melhora também.



InFormar – Que tipo de ajuda você procurou?

Karla - Primeiro eu marquei com o endocrinologista. Fiz o tratamento com o endócrino, que passou medicação e uma dieta que reduziu muito a minha ingestão de carboidratos. Fiz o tratamento por uns 3 meses e perdi 15 quilos. Parei porque os medicamentos estavam causando alguns efeitos colaterais. Eu ficava com a boca seca, querendo passar mal, então não aguentei mais continuar. Passei um ano só mantendo o peso com exercícios.


InFormar – Você já tentava emagrecer sozinha?

Karla – Tentava sim, com as "dietas doidas". Dizia que ia deixar de comer algumas coisas, diminuir outras. Mas sozinha você acaba cedendo. Você acaba perdendo a motivação e não consegue. Tem que buscar ajuda.

Em seu maior peso: 95kg
InFormar – Que hábitos você teve que mudar para perder peso?


Karla - Primeiro eu tinha que ter consciência de que meus hábitos precisavam mudar. As pessoas da minha casa comem muito. À noite, eu via meu marido fazendo aquele sanduíche, os filhos comendo tudo que é gostoso e minha sogra cozinhando sempre muito bem. Eu tinha só que olhar, respirar fundo e fazer outra coisa que fosse mais leve. Comia uma sopa ou um iogurte. Tive que fazer exercícios regularmente pra manter o peso e emagrecer mais rápido. E eu não praticava nenhum. Nunca tinha ido à academia, nunca tinha feito caminhada, nada disso. E agora eu não consigo ficar sem, malho todos os dias. Também tive que ajustar meus horários de sono e passei a beber muito líquido.

InFormar – Você ainda enfrenta dificuldades em relação aos hábitos do cotidiano?

Karla - Com certeza. Existem as saídas, as comilanças nos aniversários. Mas eu sempre me organizo. Se eu souber que eu vou ter que sair pra comer, eu já dou uma ajeitada no meu dia. Eu acho que se reeducar é o que todo mundo tem que fazer. Você vai pra um restaurante e morre de comer. Semana passada fui a um rodízio de massas. Antes comia tudo o que via, agora já tenho a consciência do que aquilo faz com meu corpo e como bem menos.  Eu sou muito determinada. Você pode dizer mil vezes que eu não vou conseguir, mas eu vou e consigo. 

InFormar – Quais são suas metas?

15kg a menos em 2011
Karla - Perder mais 10 quilos e manter, que é a parte mais difícil. A meta dos endocrinologistas é 65 a 67 quilos. Acho que eles querem que a gente vire modelo. Hoje peso 80 quilos e quero chegar aos 70. Tem uma dimensão da cintura que vai dizer se a sua medida é saudável ou não para o coração. A minha cintura ainda não é, tenho que diminuir 20 centímetros. Tenho o cuidado redobrado porque também sou hipertensa. Pretendo depois procurar um profissional para ajudar a manter os 70 quilos com alimentação balanceada e exercícios físicos. Não quero deixar de malhar nunca, já botei isso na cabeça.


 InFormar – Como você se sente em relação a si mesma?

Karla - Muito melhor que antes em relação a tudo. Tenho bem mais disposição. Acordo e estou pronta para tudo. Existem os conflitos normais que a gente tem, mas tudo muda no jeito de lidar com os problemas. É muito mais fácil porque você se sente saudável, feliz consigo mesma e com o seu corpo. Então você tem uma preocupação a menos, nem tem comparação.







Links relacionados:       Obesidade: uma questão de saúde física ou psicológica?
                                     Roupas para todos os tamanhos
                                     Moda Plus Size em Fortaleza
                                     Entrevista: Devemos confiar no cálculo do IMC?
                                     Fortaleza é a segunda capital com mais obesos no Brasil




EXPEDIENTE
Entrevista: Larissa Sousa e Thaís Brito
Edição: Marcella Macena
Imagens do arquivo pessoal

sábado, 11 de junho de 2011

OPINIÃO


Sobre o passe livre para estudantes,
                É justo que estudante tenha transporte para ir/vir da escola. Como não existe organização suficiente por parte do governo para garantir esse direito a todos os estudantes da cidade, existe a meia passagem, que ameniza a situação dos estudantes, mas pagar transporte todos os dias ainda pesa bastante no orçamento das famílias, principalmente as de baixa renda, sendo isso um grande fator gerador da evasão escolar. Acredito que um país se faz com educação de qualidade para todos, e para que isso exista é necessário apoio total a atividade de estudar, que é alimentação saudável, transporte, material e estrutura apropriada.
               E o passe livre ilimitado, é legal? Legal pode até ser, mas viável economicamente talvez não! O Distrito Federal adotou um sistema de passe livre para estudantes, mas não de forma ilimitada! O estudante tem passagem livre para ir e vir da escola todos os dias; Muito justo, mas o estudante de Brasília, com o sistema adotado, não possui direito a meia passagem. Isso não é legal! A vida de estudante não se resume só a escola. Tem a cultura, o lazer, o esporte... Passe livre sim, mas com a meia garantida!
                A luta pelo passe livre já é bastante antiga no meio estudantil, originário dos movimentos punk e anarquista, mesmo tendo conquistado vitórias em algumas cidades do Sul e Sudeste, no nordeste em todas as capitais existem fóruns de luta pelo passe livre, realizando sempre manifestações a favor do passe livre e contra o aumento das passagens. Esse movimento não é muito bem visto pela sociedade em geral, principalmente por ter suas raízes no movimento anarquista, no próprio meio estudantil não são todos que apoiam a luta pelo passe livre. Alguns  tem medo, outros não acreditam que possa dar certo, mas a verdade é que em algumas cidades já é uma realidade, e isso diminuiu o índice de evasão escolar nas cidades que adotaram o sistema de passe livre.
               O fórum pelo passe livre no Ceará luta pela abertura da caixa preta dos transportes, não se tem dados técnicos das quantias arrecadadas com o transporte público, e pelo passe livre ilimitado para estudantes desempregados; Muitos acham absurdo, mas não é. É Sinal de que temos muito a conversar com as autoridades até que a classe estudantil esteja contemplada em seus ideais. Por que não querem nos escutar?
By Tassia M

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Histórico Operação Tapa-Buraco em Fortaleza: Problemas e Consequências

A saga da operação tapa-buraco no governo de Luiziane Lins começou em 2009 e desde então a prefeita enfrenta críticas em relação às péssimas condições em que se encontram as vias urbanas de Fortaleza. A primeira fase da operação, que começou em maio de 2009 , tinha o objetivo de reparar os dano causados pela intensa quadra chuvosa sobre a malha viária de fortaleza e recebeu o investimento de 22 milhões de reais. Em 2010 foram gastos R$ 45 milhões para tapar buracos, segundo a Seinf (secretaria de infra-estrutura do município), produzindo-se 230 mil toneladas de asfalto, o equivalente à recuperação de 360 quilômetros de ruas. As crateras, porém, quase sempre reaparecem, o que tem gerado grande desgaste à imagem da prefeita.

Em 2011, desde o começo do ano, o assunto mais comentado nos jornais e nas ruas da cidade era a situação caótica de várias avenidas de Fortaleza. O problema que até então era preocupação da administração da cidade, estava tornando o trânsito insuportável e o assunto começou a preocupar também grande parte dos habitantes da capital. E foi por isso que no aniversário da cidade, dia 13 de abril, a prefeita de Fortaleza lançou a segunda fase da operação tapa-buraco, que estaria prevista para começar no dia 1º de maio deste ano. Porém nem tudo ocorreu como previsto, já que por conta das chuvas intensas do primeiro semestre a operação teve que ser adiada para o dia 03 do mesmo mês.

Depois do atraso por causa das chuvas e da greve dos funcionários da compahia de asfalto, finalmente a operação começa nos bairros e a revolta da população é apaziguada de certa forma. A população está cansada de medidas paliativas. As pessoas exigem uma solução definitiva, para evitar que mais buracos surjam com novas chuvas. A prefeita, atordoada com inúmeras críticas, chegou a responsabilizar a Cagece pela culpa dos buracos e com isso, conseguiu até estremecer sua relação com Cid Gomes, antes seu aliado político. Luiziane chegou a ameaçar romper o contrato com a Compahia de Água e Esgoto do Ceara (Cagece), contrato esse que está em vigor há 40 anos.

A questão é que se aproximam as eleições de 2012 para prefeitura e Luiziane, que completará seu segundo mandato, não poderá mais se candidatar. O grupo de Cid, que sempre apoiou as candidaturas do Partido dos Trabalhadores pode lançar candidatura própria e acabar com a administração do PT em Fortaleza.


Fontes: Jornal Opovo Online
Portal Verdes Mares de Comunicação
Portal Uol Notícias
Jornal Diário do Nordeste

Expediente:
Produção: Rcahel Gomes e Amanda Araújo
Apuração e produção: Victor Ramalho e Taís Monteiro


Este trabalho é uma produção dos alunos do 3º semestre do curso de jornalismo da
Universidade Federal do Ceará para a cadeira de webjornalismo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Copa 2014: Brasil anfitrião da festa

Crônica por Fernanda Valéria e Jully Lourenço

Mais que um evento esportivo, a Copa de 2014 pretende ser um belo espetáculo, afinal, serão recebidos não apenas as seleções nacionais, mas também inúmeros visitantes que por aqui passarão para ver os jogos e apreciar a cultura, a culinária, e a convivência com os outros povos. O Brasil será mediador dessa festa.

 Para ser um bom anfitrião, o dono da festa deve promover a interação entre os convidados de maneira que os deixe confortáveis. É assim que o Brasil deve portar-se. Apesar de a copa ser apenas em 2014, para o sucesso de um evento, os preparativos começam com bastante antecedência.

A boa receptividade é característica do brasileiro, mas será que ele está preparado para apresentar a sua música, a sua gastronomia para tantas diferentes culturas? Há que se prepará-lo para isso. O brasileiro deve ser motivado a demonstrar amor a sua terra, mostrando-se conhecedor da História do seu país, não só da historiografia do Brasil, mas também do seu local, como Fortaleza uma das sedes do Mundial.

O Brasil se comportará como um grande salão de festa, para isso deverá está impecavelmente organizado. Boas instalações estruturais fazem parte dos padrões de um evento dessa magnitiude, que envolve e comove o mundo inteiro. Aeroportos que possam comportar um maior fluxo de passageiros, hospitais equipadas tecnológico e humanitariamente, transportes coletivos de fácil acesso e boa qualidade são alguns dos pré-requisitos necessários para a realização do evento.

Cumprindo a risca essas regras de etiqueta, o Brasil não será alvo da maledicência de seus convidados, pelo contrário, entraria para o seleto grupo dos grandes anfitriãos.

Opinião: Cagece x Prefeitura: trégua ou mais promessas?

Por Amanda Araújo e Rachel Gomes


Depois de ameaçar romper o contrato com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), e posteriormente afirmar que a mesma é responsável pela maioria dos buracos de Fortaleza, a prefeita Luizianne Lins parece finalmente ter tomado uma decisão sensata: trégua.

Foram meses de bate -boca, análise de contrato e ofensas desferidas sobre de quem seria a culpa. “Não adianta a Prefeitura tampar um buraco num dia ou urbanizar determinada área, pavimentar um determinado trecho e, logo em seguida, a Cagece quebrar tudo de novo. Ou sintoniza esse calendário ou nós vamos continuar reclamando de buraco”, disse a prefeita em março. E enquanto a prefeita e a companhia viviam um embate sem fim  , a situação da malha viária se agravava. Problemas na rede de esgotamento sanitário nas avenidas Dom Manuel e Antônio Sales (com a rua Visconde do Rio Branco) , além do vazamento de esgoto na avenida Beira Mar custaram nos últimos meses a Cagece multas de mais de R$ 76.360,35.

E para onde vai esse dinheiro? As vias da cidade continuam esburacadas, o lixo jogado nas ruas obstrui a tubulação, acumulando água e desgastando o asfalto (ainda em pedra tosca). Situação desagradável para a população; são pneus furados, tanques de gasolina cortados, lentidão ,congestionamento, peças e equipamentos prejudicados e na pior da hipóteses, acidentes. A manutenção no sistema de drenagem de águas pluviais continua deficiente, mesmo sendo as chuvas um problema recorrente; a Prefeitura Municipal de Fortaleza continua sendo pega de surpresa...
 Sobrou para as Secretarias Executivas Regionais (SERs) decidir de quem é o buraco. Decidiu-se então que cada SER comunicaria à Cagece se os serviços de recuperação dos buracos deveriam ser feitos pela Regional ou pela Companhia. A comissão formada pela prefeitura e Cagece prometeu acompanhamento de obras nas ruas da cidade.

Permanecendo ou não o clima de hostilidade, a população espera( e como espera).O certo é que os reparos tão prometidos, há muito, não põem fim ao problema. A operação tapa buraco falha em prazos e não consegue cumprir, por hora, nem o seu papel de medida paliativa. O que a cidade precisa é de uma recuperação total da malha viária, com serviço de qualidade.



Enfermeira fala sobre motivos da greve

A equipe da Informar conversou com a enfermeira Lígia Coimbra, do Centro de Saúde da Família Maciel Brito. Em sua entrevista, Lígia faz críticas à gestão municipal e expõe os motivos da greve dos servidores de saúde. A equipe tentou fazer contato com a Secretaria de Administração Municipal (SAM), mas as perguntas não foram respondidas até a publicação da matéria.


Informar: Como profissional, qual o seu posicionamento em relação à greve? Você acha que poderia haver outras soluções?
 
Lígia Coimbra: Toda greve inicia-se após tentativas frustradas de negociação, é um processo lento e realizado com muito cuidado, ainda mais quando trata-se de parar o atendimento às necessidades básicas de saúde da população de Fortaleza, visto que a Estratégia Saúde da Família – ESF ou PSF- prevê uma solução de até 80% dos problemas de saúde da população. 

Começamos este processo de tentar negociar com a gestão desde o início deste ano, ao qual não obtivemos uma contrapartida, várias reuniões foram agendadas anteriormente à greve e após verificarmos que não teríamos diálogo com a atual gestão, entramos em estado de greve no início de maio e logo em seguida em greve, na qual permanecemos há cerca de um mês. Nós profissionais da saúde estamos coesos e cientes de que a greve foi o último estágio na tentativa de diálogo para o cumprimento dos nossos direitos.


Informar: Na sua opinião, quais reivindicações deveriam receber prioridade?

L.C.: Acredito que na opinião de todos os colegas de Enfergem e Odontologia a reivindicação principal seria a melhoria das condições de trabalho. Esta é a pauta principal porque engloba tanto aos profissionais de saúde quanto à população. Como atender a estes citados 80% dos problemas de saúde, quando falta uma autoclave para esterilizar material para curativos simples? Como ter responsabilidade sanitária com determinado número de pessoas quando se tem somente uma cadeira para três odontólogos por turno? 

Existem discrepâncias, tais como a gratificação por área de risco serem pagos 800 reais aos médicos e a outros profissionais “não-médicos” o valor ser de 400 reais. Acaso nossa vida vale metade da vida de um médico quando fazemos visitas domiciliares ou atendemos em bairros com baixo IDH? Nossas reivindicações não são para desvalorizar o trabalho dos profissionais médicos, posto que são membros da Equipe Saúde da Família, mas sim de tratamento isonômico por parte da gestão.


Informar: O que você espera melhorar na rotina dos pacientes e dos profissionais caso as reivindicações sejam atendidas?

L.C.: A visão inicial é de que profissionais bem pagos trabalham com mais vontade, mas isso é apenas uma visão inicial. A questão é bem mais ampla e vai além disso. Trabalho há mais de 5 anos em uma sala que sequer tem ventilador, ouço muitos pacientes perguntarem :” -Dra. como é que a senhora aguenta??” Também nos perguntamos há anos como a população aguenta ser desrespeitada do modo que é. Da falta de materiais básicos, da demora de serviços urgentes para a vida dessas pessoas, de uma fila de espera que é um martírio para alguns. Gostaríamos de que as reivindicações  fossem além do visível, do mercadológico, pois gente não é mercadoria, são vidas ouvindo um “desculpe,não temos, não podemos não conseguimos...” É direito de todos, tanto do profissional quando do usuário, ter suas necessidades respeitadas como ser humano, como cidadão da cidade de Fortaleza.

 
Informar: Você acha que a Prefeitura está dando a devida atenção para a manifestação da categoria (saúde)? 

L.C.: Após um mês de greve sofremos desde retaliações morais, quer seja por parte da retirada da escada de plantões de fim de semana e terceiro turno dos profissionais que aderiram à greve, e também físicas, em manifestação na SAM na qual estive presente pude presenciar desde portões fechados com cadeados e spray de pimenta por parte da guarda municipal. Estamos desde o início em uma tentativa frustrada de iniciar um diálogo com a gestão, é uma manifestação pacífica e também não paramos o atendimento emergencial à população, estando sempre um profissional no posto para atendimento de casos suspeitos de dengue e de risco iminente de vida. 

A atual gestão escora-se em pilares como a terceirização e o não cumprimento dos direitos dos trabalhadores concursados garantidos por edital. Fica claro que os gestores da prefeitura municipal de Fortaleza há muito taparam os ouvidos à população e servidores. Mas nós continuaremos falando, porquê além de profissionais, também fazemos parte da parcela da população desassistida em seus direitos.

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Expediente:
Texto: Camila Mont'Alverne.
Entrevista: Camila Mont'Alverne, Gabriela Custódio, Kelviane Lima e Thamires Oliveira. 
Edição: Alissa Carvalho e Camila Mont'Alverne. 

Obras na Rua Lauro Maia da Operação Tapa Buraco em ritmo lento


Segundo informações da Assessoria da Usina de Asfalto de Fortaleza, seria realizado pela Cagece nesta terça-feira, dia 7, uma operação do projeto Tapa Buraco 2011 no encontro das ruas Lauro Maia e Guilherme Moreira no bairro Joaquim Távora. A operação tinha por finalidade consertar um buraco que atrapalhava e ameaçava a segurança dos pedestres.
Rua Lauro Maia com Guilherme Moreira

Porém, a operação não foi efetivada no mesmo dia. Segundo a proprietária de um salão de beleza localizado em frente ao lugar da operação, os funcionários da Cagece chegaram ao local, abriram o buraco, interditaram e foram embora. “Não é a primeira vez que acontece isso, já ocorreu de meu salão ter de ficar interditado durante um mês porque a situação na rua estava impossível. Havia dejetos boiando pela água que vazava do buraco.”

 Até o fechamento desta matéria, os funcionários da Cagece não haviam comparecido ao local e o buraco se encontrava ainda exposto.




Opinião



por Larissa Sousa


Imagem: soshora.blogspot.com
18,2%: essa é a porcentagem da população fortalezense obesa segundo o Ministério da Saúde. Uma doença silenciosa, e ao mesmo tempo tão temida, parece estar se “disseminando” entre as pessoas. Os motivos? Diversos. Desde o sedentarismo até mesmo à hereditariedade. E os atuais hábitos culturais alimentares reforçam os sintomas da obesidade, qualquer que seja a sua causa.

De um lado, a vida capitalista agitada exige cada vez mais trabalho dos seus “súditos”, que por sinal, estão ocupados 24 horas por dia e não podem “perder tempo almoçando bem”. Escravos do tempo, esses clientes modernos alimentam-se mal nos fast-food durante a semana e, ao final do mês, brigam com a balança.

Do outro lado, a indústria da moda usa a televisão para reforçar o imaginário da mulher ideal: loira, alta, rica e... magra! E essa mesma mídia dissemina que hoje quem tem sucesso vive em paz sem os quilinhos indesejáveis. Aliás, ultimamente a passarela é dominada por modelos esqueléticas.

Insatisfeitas com o espelho, algumas pessoas recorrem a médicos para uma dieta milagrosa com o intuito de emagrecer em uma semana. Outras procuram ajuda para os problemas cardíacos. O certo é que todo mundo quer emagrecer, custe o preço que custar. Seja sacrificando seus hábitos ou o próprio corpo. Mas ninguém se pergunta: até que ponto devo emagrecer?

Sabemos que a obesidade deve ser tratada, já que ela pode ocasionar outros problemas que colocam a vida em risco. Mas o cuidado excessivo em busca do “corpo perfeito” pode acarretar outros novos danos à saúde, como a anorexia ou a bulimia. E não são só as mulheres que exageram nas plásticas. Cada vez mais os homens se submetem a cirurgias de lipoescultura.

É preciso tomar cuidado com essa linha tênue entre a preocupação em manter o peso e o medo de engordar. A magreza excessiva, assim como a obesidade, é doença degenerativa. Cada pessoa possui um metabolismo diferente e é preciso respeitá-lo. Afinal, não é porque os padrões de beleza mudam com o tempo que o seu corpo precisa acompanhá-los.


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Entenda o processo de mudanças na malha viária de Fortaleza:


Obras nas proximidades do terminal da Parangaba-
Fonte: Jornal OPOVO
A assessoria de imprensa da AMC esclareceu ao INFormar as dúvidas sobre como funciona os trâmites para a liberação das obras feitas na malha viária de Fortaleza e de quem é a responsabilidade da sinalização.
Segundo Samara Teixeira, assessora de imprensa da AMC, o órgão que pretender fazer uma obra na capital, como a Cagece, Transfor, Metrofor e operadoras de telefone devem dar entrada do projeto na Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Seman) e na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Seinf)

O Conselho Coordenador de Obras (CCO) determina a liberação ou recusa das obras e encaminha o projeto da obra para a AMC (Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania de Fortaleza. 
O projeto deve prever a sinalização da obra e a sugestão de desvio.

Samara Teixeira ressalta que o trabalho da AMC, por meio da Divisão de Engenharia de Trânsito, é avaliar se a proposta está adequada aos padrões de obras. Durante o andamento, a AMC tem o dever de fiscalizar se os devios estão corretamente sinalizados.
A sinalização e divulgação de desvios de tráfego das obras são de inteira responsabilidade do órgão que as está executando.




Curiosidade: Em obras de emergências, o órgão responsável aciona a Divisão de Operação e Fiscalização de Trânsito da AMC para fazer os desvios de tráfego necessários com o auxílio dos agentes de trânsito. Caso a obra demore mais de 48 horas, o órgão terá que seguir os mesmos trâmites de obras programadas.

Texto: Taís Monteiro, Rachel Gomes, Amanda Araújo
Apuração: Victor Ramalho 
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Contato: Samara Teixeira
Assessora de Comunicação - Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania de Fortaleza (AMC)






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